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O futuro da fabricação e do big data

O futuro da manufatura está inevitavelmente ligado ao big data. Na verdade, a Accenture sugere que a Internet das Coisas (IoT) industrial pode acrescentar US$ 14,2 trilhões à economia global até 2020. Os fabricantes poderão usar uma combinação de dados de produção de sensores e análises de IoT, junto com dados de consumidores de sensores e fontes sociais, para criar uma abordagem proativa para a fabricação no futuro.

De muitas maneiras, o trabalho duro está apenas começando. As empresas estão começando a entender a importância da tecnologia de coleta de dados e a recolher todas as informações que podem de uma variedade de fontes. Dessa forma, eles estão construindo as bases para usos mais diferenciados de big data, como analytics e aprendizado de máquina, no futuro da manufatura. Esses casos de uso podem incluir os principais objetivos dos negócios e benefícios de desempenho, como otimização de processos e tempo de atividade da máquina.

No entanto, há um caso de uso ainda mais forte que envolve o uso de fontes de dados diferentes para melhorar o ciclo de vida de produção de ponta a ponta e, ainda mais radicalmente, o ciclo de vida da experiência do consumidor. Em vez de apenas aumentar a qualidade de um produto individual, a melhoria total da empresa surge através do uso de dados de produção e de consumo.

PREENCHENDO AS LACUNAS DE INFORMAÇÃO

De certa forma, o caminho para esse futuro brilhante já está sendo percorrido. Enquanto algumas empresas estão adotando tecnologias de data lake, outras estão implementando sensores em seus produtos, o que ajuda a fornecer feedback sobre produtos manufaturados que são usados ​​no campo. Ao correlacionar essas informações de uso com os dados dos estágios de design e fabricação, as empresas podem criar uma visão de todo o ciclo de vida do produto.

Ainda mais mudanças estão chegando, particularmente através do uso de gêmeos digitais. Segundo a analista Gartner, um gêmeo digital é a representação de um objeto físico que também inclui dados do objeto e a habilidade de monitorá-lo. Isso dá às empresas a capacidade de responder mais rapidamente às mudanças de condições, especialmente para otimização de ativos e manutenção preventiva, já que esses gêmeos são alimentados com dados do sensor de IoT.

A Gartner prevê que metade de todas as grandes empresas industriais usarão gêmeos digitais até 2021. Esses gêmeos darão às empresas de manufatura a oportunidade de acessar novas e ricas fontes de dados. Eles ajudarão as empresas a ir além do gerenciamento do ciclo de vida do produto e das experiências do consumidor, onde poderão analisar como algo está funcionando e como ele pode ser modificado para melhorar o desempenho.

Ao adicionar dados de fontes externas, como mídias sociais e análise de sentimentos, as empresas de manufatura podem desenvolver insights mais profundos. O resultado de todo esse conhecimento é um segmento digital nos ciclos de vida de produtos e clientes. Em vez de lacunas de informação entre design, uso e experiência, uma confluência de dados é criada e os produtos podem ser monitorados e analisados ​​durante todo o seu ciclo de vida.

CONECTANDO SEGMENTOS DIGITAIS

Essa convergência de informações do ciclo de vida significa que os fabricantes podem começar a aprimorar os produtos de acordo com as demandas do cliente. Muito do atual processo de fabricação é reativo, e as empresas geralmente só fazem alterações nos produtos quando os defeitos são notados. O foco normalmente está no refinamento da pós-produção, em vez da criação de produtos de alta qualidade que atendem aos requisitos do cliente.

Conectar os segmentos digitais do produto e do cliente significa que as empresas podem usar os dados coletados para monitorar proativamente os produtos e fazer as modificações necessárias. Isso cria o potencial para novos modelos de serviço, onde os indivíduos envolvidos no processo de fabricação gastam menos tempo em manutenção e mais tempo em melhorias.

EXPANDINDO A DEFINIÇÃO DE QUALIDADE

Esse circuito de melhorias ajudará a criar uma definição mais ampla de qualidade na fabricação. No momento, quando um produto entra em campo, é difícil obter informações sobre a qualidade, e muitas dessas informações são de natureza grosseira e reativa, como pesquisas com clientes e pontuações de feedback.

A nova era da conectividade permite que as empresas de manufatura se beneficiem da coleta de dados em tempo real. As informações vão de sensores para empresas automaticamente, permitindo que as estas monitorem as experiências dos clientes e respondam de maneira proativa. Os insights sobre essas experiências podem ser introduzidos nos processos de projeto e fabricação para ajudar a criar novos produtos que agradem o consumidor.

Essa capacidade de configuração aumentada do processo de design fará com que a fabricação mude a dinâmica com os clientes. Em vez de criar um único produto para muitos clientes e esperar que ele atenda aos requisitos, os fabricantes criarão produtos adaptados e até personalizados. Eles poderão aprender os elementos de design que fizeram os clientes felizes no passado e usarão esse conhecimento para criar produtos melhores no presente.

Os fabricantes, portanto, poderão minerar seus dados para melhorar continuamente a qualidade dos produtos que produzem. Eles usarão o poder do machine learning para aprimorar a cadeia de produção em tempo real. O resultado, como vimos acima, é uma definição de qualidade muito mais ampla, baseada no ciclo de vida da produção e na informação da experiência do cliente.

ATENDENDO ÀS DEMANDAS DOS CLIENTES

Em suma, o futuro da fabricação e do big data são insights aprimorados e produtos de melhor qualidade para os clientes. As empresas que conseguirem reunir todas as suas fontes de dados poderão produzir mercadorias de qualidade muito maior – e o nível será definido pelo cliente.

Fonte:https://br.hortonworks.com/article/the-future-of-manufacturing-and-big-data/

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